A FRAGILIDADE DA CADEIA DE SUPRIMENTOS REVELADA PELA PANDEMIA

            O novo coronavírus impõe uma dura lição para as cadeias de suprimentos muito enxutas. Não resta dúvida de que ter uma cadeia produtiva eficiente é alvo a ser alcançado por qualquer rede de franquia. No entanto, a cadeia de suprimentos tradicional, de fonte única, apesar de proporcionar economia pelo ajuste fino entre as fases da cadeia, pode ter elos rompidos quando os canais tradicionais são perdidos em momentos de crise como estamos vivendo.

É evidente que quando a ruptura no mercado é a nível mundial, muitas vezes não adianta ter fornecedores alternativos que poderão sofrer os impactos da mesma maneira. O risco é minimizado pelas modernas cadeias de suprimentos digital, que envolve vários canais e fontes de produtos.

A melhor estratégia para o longo prazo continua sendo investir na visibilidade da cadeia de suprimentos. Isso significa muito mais que estar na Internet e fazer vendas e entregas online. Ter visibilidade sobre o fluxo de produto e informações da cadeia de ponta a ponta é um objetivo muito mais ousado. A estratégia tem sido discutida por muitos varejistas a bastante tempo, mas as margens apertadas têm sido desculpas para adiar sua implantação.

Atualmente, com maior disponibilidade de tecnologia, verifica-se que já existe implantação de sistemas como o uso de sensores conectados a transportadoras e aos produtos, possibilitando um grau de visibilidade da cadeia que até então não era possível. Também é observado o uso de etiquetas descartáveis, que possibilita o rastreamento da cobertura da rede em tempo real.

Esses sistemas são responsáveis por uma reação muito mais rápida em casos de descontinuidade, que podem acontecer em diversos casos, incluindo uma pandemia.

Será que aprendemos a lição? A pandemia tem sido responsável pela aceleração de muitos projetos engavetados por falta de recursos para investimentos. Essa é uma oportunidade de repensar alguns desses projetos. Afinal, a visibilidade da cadeia de suprimentos é ou não fundamental para a garantia dos negócios no longo prazo?


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