O MUNDO PÓS-PANDEMIA E AS CADEIAS DE NEGÓCIOS
A pandemia do Covid-19
alterou as relações de negócios em todos os setores, em todos os continentes.
Apesar de parecer que houve uma rápida adaptação das empresas a plataformas
digitais como substitutas das relações presenciais, as cadeias produtivas
sofreram um abalo semelhante a um terremoto de 7 graus na escala Richter, com
impactos permanentes. Mesmo ao final da crise, dificilmente a maneira de fazer
negócios voltará ao que era – sempre haverá um fantasma de novas pandemias no
modo das empresas se relacionarem daqui para adiante.
O primeiro impacto da
crise levou à tentativa de sobrevivência no ambiente hostil. Medidas extremas,
cortes de fornecimentos, empregados, despesas supérfluas ou não. O segundo
momento, quando a situação pareceu estar controlada, significou um recomeço, um
início de planejamento para atuação em um novo mercado desconhecido.
Grande parte das
organizações em todo o planeta estavam em estágio diferentes em relação ao desenvolvimento
de sistemas que permitissem o relacionamento virtual, e tiveram que acelerar
seus processos e de algum modo improvisar soluções.
Ficou evidente que nem
todos os relacionamentos precisam ser presenciais, e o novo ambiente de
negócios, mesmo após o Covid-19, deve manter e acelerar os relacionamentos
virtuais. O redimensionamento de redes de comunicação que torne possível a
troca de informações entre fornecedores e clientes não é só inevitável como
urgente para suportar uma demanda crescente.
As cadeias de
fornecimento tendem a sofrer um processo de integração tecnológica, com
informações sendo trocadas a grande velocidade, diminuindo as ineficiências
existentes antes da pandemia que levaram muitas empresas a grandes dificuldades
e, em alguns casos, a deixarem de existir.
Nesse novo cenário, as
organizações terão oportunidade de se reposicionarem em seus mercados,
tornando-se líderes ou sendo punidas pela falta de agilidade em entender o
mundo pós-pandemia. Saem vencedoras as empresas que conseguirem se adaptar mais
rapidamente e solidificarem o relacionamento com sua cadeia de suprimentos.
Fazendo um paralelo ao
clássico “A Origem das Espécies”, do naturalista britânico Charles Darwin, não
são as empresas maiores ou com marcas mais conhecidas que sobrevivem, mas as
que melhor se adaptarem às novas realidades de mercado.
Marcelo Guimarães de Senna
Especialista em gestão de empresas varejistas e franquias, consultoria em gestão, gerenciamento de projetos, operações, negociações, recursos humanos e treinamento. Consultor em Angola coordenando projeto na maior rede de postos de combustíveis e lojas de conveniência do país.
Mestre em Administração (COPPEAD/UFRJ), Economista (UFRJ), Consultor.
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